HomeEscapadasEm um caso de amor com o Rio Grande do Sul

Em Curitiba, sempre emendamos o feriado da Independência do Brasil com o Dia da Padroeira da cidade, uma oportunidade única para viajar. Foi o que eu fiz!

A trip estava planejava há meses: um casamento cuiabano em terras gaúchas. Mas antes de chegar ao destino final e principal objetivo da viagem, é claro que fiz várias paradas em lugares incríveis.

Saí na terça-feira (06) a noite, de Curitiba e em uma hora de avião, já estava em Porto Alegre. Na capital do Rio Grande do Sul, eu e a turma animada composta por Jacson, Bila, Caius, Fernando e Jaiana, alugamos um carro e saímos rumo a Caxias do Sul e São Marcos.

No dia seguinte, cedo, conheci São Marcos, uma cidadezinha de 20 mil habitantes com ruas de paralelepípedo que me pareceu acolhedora. O principal atrativo é o Monte Calvário, um lugar de cerca de 130 metros de altura onde os católicos vão para refletir sobre o sofrimento de Cristo, principalmente na Semana Santa. De lá é possível ver toda a cidade.

Monte Calvario_São Marcos

Fui conhecer o Monte Calvário no dia mais frio e nublado possível, 6 graus!

Próxima parada, Nova Petrópolis, uma cidade de cultura e construções germânicas. Conheci o Labirinto Verde na tradicional Praça das Flores e o restaurante colonial, Colina Verde, uma perdição para quem gosta das culinárias alemã e italiana.

labirinto-verde

Não conseguimos chegar ao meio do labirinto, estávamos com pressa para o almoço.

No restaurante, somos recebidos por uma lareira que de cara aqueceu o corpo e o coração, uma graça! Todos os pratos são preparados artesanalmente no fogão à lenha e as atendentes usam trajes típicos alemães. O almoço é delicioso, mas confesso que a mesa de sobremesas me conquistou. Comemos bem e tomamos um bom vinho da região por R$ 70.

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Todas as atendentes se vestem como alemãs e o ambiente fica ainda mais típico.

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A mesa é farta, tem nhoque recheado, lombo a milanesa, frango com maçãs, almondegas, chucrute, salsicha bock e muito mais.

Seguindo viagem, resolvemos conhecer um templo budista localizado no meio da Serra Gaúcha, o Khadro Ling. O templo foi construído dentro das tradições artísticas tibetanas. Além de abrigar retiros e cerimônias budistas, o local é aberto à visitação pública e com entrada gratuita. Silêncio e muita paz no topo da montanha, quem diria que poderia existir um monumento representativo dessa cultura, numa região tradicionalmente de costumes e tradições europeias. Surpreendente.

O templo fica na cidade de Três Coroas.

templo budista

O templo encanta os turistas, o local estava cheio de visitantes.

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Esse é o Buda Akshobia. associado com a consciência.

Fim de tarde, demos uma passadinha em Canela, para conhecer a Cascata do Caracol. A entrada no Parque Estadual custa R$ 18 inteira e R$ 9 a meia e não dá direito a todas as atrações, como o trenzinho, teleférico e elevador, apenas ao mirante da Cascata. Mas a vista vale a pena.

Cascata do Caracol

A Cascata do Caracol tem uma queda de 131 metros, lindo!

Ah Gramado! Para fechar o dia turístico, anoiteceu em Gramado! Lindo, frio, limpo, me senti em outro país. Tomei um chocolate quente pelas ruas iluminadas e geladas da cidade, comprei muitos chocolates e fiz uma selfie com o Kikito. Foi uma visita rápida, mas produtiva, deu tempo até de entrar numa loja de sapatos, para não perder o costume.

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Em Caxias do Sul, jantamos o famoso “Bauru”. Todo mundo me falava do prato gaúcho, então me levaram para degustar. Hummm como não gostar de um filé com molho, recheado com presunto, queijo, milho e o que mais o freguês quiser. E não pode faltar o arroz branco, a batata frita e claro, o pão para “potear” (molhar o pão no molho do Bauru), como me ensinaram por lá. A iguaria é do restaurante Avenida.

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Hummm o famoso Bauru gaúcho

Foi por Caxias, que começou a comilança do dia seguinte: Missão Galeteria Brasile! Nem sou chegada em frango, mas o tal do galeto estava de lamber os beiços. De entrada, a sopa de agnolini, de acompanhamento, polenta, massa fresca, filé suíno, tortei e salada.  Aprovadíssimo!

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Depois de um almoço reforçado, rumo à cidade do casamento, Serafina Correa. O lugar é pequeno, mas conta com a fábrica da Credeal, maior fabricante de cadernos da América Latina e da BRF, maior fabricante de alimentos processados do Brasil. A cidade é fofa, cercada de castelinhos e muitos habitantes ainda mantêm a tradição do idioma Talian, uma variante da língua veneta, do norte da Itália.

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Na Vinícola Giaretta, tive a oportunidade degustar os espumantes com essa vista lindo do lago!

morangos

Fomos muito bem recebidos em uma plantação de morangos semi-hidropônicos. Poder colher e comer na hora, não tem preço. Experiência maravilhosa!

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Essas duas vaquinhas são as responsáveis por queijos maravilhosos feitos nessa propriedade. A recepção que tivemos, sem comentários, que povo acolhedor.

Esse foi um resumo dos cinco dias que passei no Rio Grande do Sul. Foram mais de sete cidades visitadas, paisagens encantadoras, muita festa, gastronomia, conheci muitas pessoas com histórias de vida incríveis, a grande família Piccin, a adrenalina de fazer a noiva chegar a tempo na igreja, tudo isso me deixou com gostinho de quero mais e com certeza, em breve estarei de volta às terras gaúchas.

Me aguardem!

Escrito por

Jornalista