Cada lugar tem o seu refúgio, onde nos desligamos de tudo. Aqui em Curitiba, o meu refúgio é a Ilha do Mel. Já em Mato Grosso, é o Lago do Manso. O lago fica há 100 km de Cuiabá e quase não há pousadas ou espaços públicos por lá. Então, para aproveitar esse paraíso é preciso ter casa ou chácara em algum condomínio particular, ou alugar um bangalô ou uma chalana. Geralmente eu passo o fim de semana lá, mas acho pouco. O ideal é ficar uns 3 dias.
O lago é muito grande (quase 500 km²) e um passeio de lancha por ele leva uma tarde inteira. Um dos trechos mais lindos do tour é o encontro do lago com os paredões da Chapada dos Guimarães, cenário de filme.
Na época da seca (meio do ano) algumas ilhas são formadas e todos encostam os seus barcos e aproveitam o sol e a água transparente com muita música e animação. Na época da cheia (no fim e começo do ano), as ilhas viram gigantes piscinas naturais super rasas. Dá para passar a tarde inteira, apenas curtindo o cenário.
Ao longo do lago, existem várias “prainhas”, onde as pessoas também param os barcos para um mergulho. Todos aumentam o som das lanchas e vira uma festa ao ar livre. Geralmente com muito sertanejo e cerveja gelada, afinal, estamos em Mato Grosso!
Na chácara onde eu fico tem uma praia particular. Então, no restante do dia nós aproveitamos para nadar, andar de jet-ski, fazer churrasco com os amigos e a família, apreciar o por do sol maravilhoso e descansar.
Para os pescadores, o manso é o paraíso. Como é um rio que foi represado para a construção de uma usina, as águas são muito profundas em alguns trechos e muitos praticam a pesca sub-aquática.
Na cheia, o guarda-sol de palha fica dentro da água. Na seca, todo esse trecho vira uma grande praia.
À noite, sempre rola festinhas nas casas ou nos decks na beira do lago. Mais uma vez, música, drinks, muita animação e o luar único do Manso, que clareia toda a paisagem do cerrado.
Para vocês entenderem um pouco mais porque amo esse lugar.