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SPVS e prefeitura de Curitiba lançam material informativo sobre metodologia para mitigar efeitos de mudanças climáticas

por | nov 20, 2023 | Bem-Estar

Em um ano em que regiões do Sul do Brasil vêm sendo fortemente afetadas por intensas e
prejudiciais chuvas que ocasionam enchentes, alagamentos e perdas de diversas ordens, e o
norte do país, como a região do Amazonas, ainda sofre, com as consequências severas da
seca extrema, a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) e a
Prefeitura de Curitiba acabam de lançar a cartilha “Adaptação Baseada em Ecossistemas
(AbE) – uma nova metodologia para o enfrentamento das mudanças climáticas em Curitiba”.
O material busca sensibilizar a população sobre a importância da conservação e da proteção
das áreas naturais, sobre os benefícios proporcionados pelos serviços ecossistêmicos, – que
são os benefícios que a natureza provê direta ou indiretamente – explicar os conceitos de
“produção de natureza”, “capital natural” e as relações de todos esses termos com a
qualidade de vida e o combate às mudanças climáticas.

A cartilha está disponível para acesso online, livre e gratuito de quem se interessar
CLICANDO AQUI.

Ela foi viabilizada a partir de um termo de fomento entre a Prefeitura de Curitiba e a SPVS,
com emenda parlamentar do vereador Dalton Borba (PDT), da Câmara de Vereadores da
cidade. O trabalho foi produzido pela equipe de biólogos, consultores e técnicos em
conservação da natureza da SPVS e por profissionais do departamento de Mudanças
Climáticas, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba.

“A Adaptação Baseada em Ecossistemas (AbE) consiste no estímulo à conservação da
biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos como parte de uma estratégia mais abrangente
para ajudar pessoas, cidades e territórios a se adaptarem aos efeitos adversos das mudanças
do clima, que são uma realidade. A utilização dessa ferramenta vem sendo vista,
globalmente, como uma das principais premissas a serem adotadas pelos gestores públicos
para conter crises socioeconômicas e ambientais, e utilizarmos este conceito para aplicar à
cidade de Curitiba é realmente um movimento importante para a capital do estado, que deve servir de inspiração a outras cidades e agentes públicos, diz Clóvis Borges, diretor-executivo
da SPVS.

Felipe Maia Ehmke, diretor de Mudanças Climáticas da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente da cidade, complementa, dizendo que a revista traz uma metodologia de mitigação
e adaptação às mudanças climáticas, e reúne estratégias e boas práticas em prol do
fortalecimento de políticas públicas em relação aos assuntos, a exemplo do Plano de Ação
Climática de Curitiba (PlanClima), trazendo informações para diferentes públicos, como
sociedade civil, iniciativa privada e poder público, por exemplo, sobre ações que podem ser
adotadas e estão relacionadas com esses temas.

“O PlanClima traduz o empenho de Curitiba em consolidar uma política climática, para
implementar ações transformadoras e inclusivas em prol de uma cidade neutra em emissões
e resiliente ao clima até 2050, de acordo com os objetivos do Acordo de Paris e da Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, diz o diretor.

De acordo com o coordenador de Projetos da SPVS, Nicholas Kaminski, um dos autores da
revista, a elaboração e o fortalecimento de políticas públicas para conservação da natureza,
bem como para mitigação e adaptação às mudanças climáticas, “desempenha um papel
fundamental na resposta aos desafios impostos e na garantia de resultados em longo prazo
nos centros urbanos”.

As mudanças climáticas são as transformações, no longo prazo, nos padrões de temperatura
e clima do planeta Terra. Essas mudanças estão relacionadas a um processo natural, o
chamado “efeito estufa”, que, em virtude das atividades humanas relacionadas ao uso de
combustíveis fósseis, associada à degradação dos ecossistemas naturais, vem se
intensificando em grande escala, atingindo todo o globo terrestre e comprometendo
diretamente as condições para a vida de todas as espécies na Terra.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações
Unidas responsável por produzir informações científicas, é possível afirmar que 90% das
alterações no clima da Terra são decorrentes das ações humanas.

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