HomeCulturaEspetáculo de Teatro “Bem Sertanejo, O Musical” vai contar a história do gênero – Do campo à cidade

Apresentado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e pelo Circuito Cultural Bradesco Seguros, patrocinado pela Alelo e Raízen, apoiado pela Algar Telecom, Firestone, Comgás e Momenta, e tendo a Avianca, como transportadora oficial, e a Volkswagen Caminhões e ônibus, como caminhão oficial, tem estreia marcada para o dia 05, 06 e 07 de maio, em Curitiba, no Teatro Guaíra, o espetáculo de teatro “Bem Sertanejo –  O Musical”.  A montagem conta a história da música sertaneja, desde a sua origem caipira, na década de 1920, até os dias mais recentes e traz no repertório cerca de 56 sucessos de nomes consagrados, como Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Almir Sater, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Gusttavo Lima, entre outros. Os ingressos estão à venda a partir de R$25.

“Bem Sertanejo – O Musical” traz na assinatura do texto e da direção o nome de Gustavo Gasparani e de profissionais consagrados no ramo, como Gringo Cardia (cenografia), Maneco Quinderé (iluminação), Marcelo Olinto (figurinos), Renato Vieira (coreografias), Marcelo Neves (direção musical), Mauricio Detoni (arranjos e preparação vocal) e André Piunti (pesquisador musical). A turnê percorrerá as seguintes cidades brasileiras: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Ribeirão Preto.

Parceria que deu certo

A empresa Aventura Entretenimento, com expertise no ramo de teatro musical, se junta mais uma vez à Musickeria, especializada em música, e após o sucesso da produção teatral “SamBRA”, que foi estrelada por Diogo Nogueira, com um público arrebatado e encantado com a história do samba, trazem uma novidade para os amantes da música brasileira.  Quem for ao teatro, dessa vez, poderá acompanhar a história do gênero que é um verdadeiro sucesso popular de ponta a ponta do Brasil, desde o seu surgimento até os dias de hoje, tendo incluído ainda os grandes centros urbanos, onde hoje também está disseminado: “Bem Sertanejo – O Musical”.

Ter sua marca associada a espetáculos como “Bem Sertanejo – O Musical”, que trazem à tona as mais diversas e ricas vertentes culturais do Brasil, é uma diretriz que o Grupo Bradesco Seguros vem adotando e da qual nos orgulhamos” – afirma o Diretor do Grupo Bradesco Seguros, Alexandre Nogueira.

Do “Fantástico” para os Palcos

Com o mesmo nome do quadro, que foi um sucesso no programa “Fantástico”, exibido pela Rede Globo de Televisão, o protagonista do musical no teatro será o mesmo apresentador da série que é um sucesso e voltará a ser exibida, em breve, no programa.  Michel Teló fará a sua estreia como ator e vem se preparando para isso com várias horas de ensaio ao longo dos dias.

Esse é outro mundo para mim. É muito novo ter texto para decorar, ter que interpretar um personagem, aprender as marcações diferentes, estar em cima do palco para um musical é diferente. Mas tem sido um desafio muito bacana”, afirma Michel.

O elenco trará ainda nomes de destaque no cenário do teatro musical brasileiro, como Lilian Menezes, que recentemente chamou a atenção ao protagonizar o sucesso “Elis, A Musical”, Sergio Dalcin, cantor sertanejo e ator, com experiência em musicais, e o premiadíssimo elenco de “Samba Futebol Clube” e “Aquele Abraço” que trabalha com o autor e diretor Gustavo Gasparani há cinco anos. São eles: Alan Rocha, Cristiano Gualda, Daniel Carneiro, Gabriel Manita, Jonas Hammar, Luiz Nicolau, Pedro Lima e Rodrigo Lima.

Ao escrever Bem Sertanejo – O Musical, voltei à minha infância na fazenda quando queria ser veterinário. A peça conta a trajetória e a formação da música caipira e da cultura interiorana do nosso país de forma poética e não cronológica.  Proponho uma viagem pelos nossos interiores – memórias, infância, descobertas – resgatando, assim, o sertão que há em cada um de nós, e ao mesmo tempo, um contato direto com as nossas raízes culturais. Um sertão mítico, onde o erudito se encontra com a alma popular para criar a identidade de um povo. Um encontro livre de preconceitos e longe da palavra progresso. Onde Tarsila, Mário de Andrade e Villa-Lobos se encontram com Tonico e Tinoco, Mazzaropi, Jararaca e Ratinho e tantos outros”, explica Gustavo Gasparani.

Envolvimento no Universo Sertanejo

Sobre o porquê de investir no gênero, Aniela Jordan, da Aventura Entretenimento, explica: “Percebemos o crescimento que a música sertaneja vem tendo e o estilo vai muito além do que toca nas rádios e aparece nos programas de TV. Quisemos contar a história do sertanejo, que tem início lá na música caipira, algo genuinamente brasileiro. Vamos focar no teatro musical contando toda essa vertente. Foi feita uma pesquisa profunda para viabilizarmos essa ideia”.

Para criar toda a estrutura do musical, o pesquisador André Piunti e Gustavo Gasparani utilizaram vários livros e ouviram muitas músicas, num trabalho minucioso que já dura cerca de dois anos. Marcelo Olinto, figurinista, explica um pouco de onde buscou a inspiração para criar a vestimenta dos atores em cena: “De pesquisa histórica (onde se destaca o livro de Rosa Nepomuceno “Música Caipira – da roça ao rodeio”) aos ensaios de moda. Destaco as telas pintadas por artistas brasileiros, retratando a vida no interior do país e de seus personagens. Vale ressaltar a importância do trabalho de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e, principalmente, Almeida Junior no conceito deste trabalho. Também contribuíram me inspirando os estilistas Gianni Versace e Roberto Cavalli, além da Maison Lesage e seus bordados espetaculares”.

O público que vai assistir ao espetáculo precisa se atentar que não se trata de um show de música sertaneja. É linguagem teatral”, ressalta Aniela. No Rio de Janeiro, uma ousadia: “Tivemos a ideia de fazer a apresentação no Theatro Municipal, exatamente para levar o público que gosta de sertanejo para esse espaço nobre na cultura da cidade, que está sempre aliado ao clássico”, afirma Aniela que acredita ainda que vai conseguir com o musical atingir ao público que frequenta os teatros, mas desconhece a música sertaneja.

Gringo Cardia, cenógrafo premiado, vai voltar às origens. Tem em seu currículo inúmeros shows sertanejos, realizados no começo de sua carreira. “Eu sempre fui mais da área pop, e conheci o sertanejo de fato há 15 anos. O barato dessa peça, é que vamos poder contar a história do sertanejo raiz. Para isso, eu pensei de imediato na Tarsila do Amaral, que sempre valorizou a cultura do interior do Brasil de uma maneira muito plástica, colorida e moderna

Investimento no Mercado Nacional

O sucesso da música brasileira nos mais recentes espetáculos musicais teatrais, apresentados por todo o país, reflete para a produção que não faz mais sentido buscar apenas formatos feitos no exterior. “Aprendemos bastante. Faz mais sentido investirmos em temas nacionais. Temos profissionais altamente gabaritados para isso”, afirma Luiz Calainho, sócio da Aventura e da Musickeria.

A música sertaneja veio quebrando barreiras. Historicamente, desde quando ela nasceu, desde quando teve a primeira gravação, o primeiro LP gravado com Cornélio Pires – que juntou uma caravana pra gravar música caipira, o estilo já começou a fazer sucesso. Eu acho que é a raiz do povo. A maioria das pessoas do nosso país, a origem do brasileiro, veio do campo. É de lá que vem a música sertaneja. As pessoas, de alguma maneira, se identificam, toca o coração. Da mesma maneira que o mundo foi evoluindo, foi migrando para o urbano, a música sertaneja foi evoluindo junto. Antigamente, se falava da vida no sertão e, hoje, se fala da vida dessa galera nova, da cidade. E as pessoas se identificam”, finaliza Michel Teló.

Resumo do roteiro:

“Bem Sertanejo – O Musical” conta a trajetória e a formação da música caipira e da cultura interiorana do nosso país de forma poética e não cronológica.  A peça propõe uma viagem pelos nossos interiores – memórias, infância, descobertas – resgatando, assim, o sertão que há em cada um de nós, e ao mesmo tempo, um contato direto com as nossas raízes culturais.

No final do século XVII, com a descoberta do ouro, o país foi primeiramente desbravado por bandeirantes, e em seguida, foram os tropeiros que levaram todo tipo de víveres sobre o lombo das mulas. Tocavam as suas comitivas por caminhos que saíam do Rio Grande do Sul até os sertões de Minas, Mato Grosso e Goiás, passando por Santa Catarina, Paraná e São Paulo. É através dessas trilhas poeirentas que se desenvolve o primeiro ato da peça. Um grupo de atores/tropeiros, com suas violas caipiras, desbrava o sertão brasileiro e durante o trajeto revela toda a riqueza desse mundão velho sem porteira, com seus causos, lendas, piadas e canções. O primeiro ato é completamente rural, lírico, interiorano, entremeado por poemas de Cora Coralina, Manoel de Barros e inspirado no universo de Guimarães Rosa. Flerta, ainda, com o movimento modernista, que ajudou na construção da nossa identidade brasileira, através dos versos de Mário de Andrade, Manuel Bandeira, da música de Villa-Lobos e da obra de Tarsila do Amaral, que inspirou a cenografia da peça. Monteiro Lobato, Catulo da Paixão Cearense, Chiquinha Gonzaga, Mazzaropi, Jararaca e Ratinho, Alvarenga e Ranchinho, também fazem parte desse nosso sertão. Toda a cena se passa no meio do mato, com jeito e perfume do mesmo. Um sertão mítico, onde o erudito se encontra com a alma popular para criar a identidade de um povo. Um encontro livre de preconceito e longe da palavra progresso.

No segundo ato, o foco será a trajetória dos artistas caipiras, tais como: Angelino de Oliveira, Raul Torres, João Pacífico, Tonico e Tinoco, Tião Carreiro, entre outros. Das primeiras apresentações pelo interior até chegar à cidade grande.  De como aquele sertão mítico, isolado do resto do país, vai ficando cada vez mais para trás e os efeitos da sua transformação devido ao progresso e a globalização. O grupo de atores, agora, representa o típico caipira – com o seu chapéu de palha e camisa xadrez – e vai se modificando através do circo/teatro, da rádio e da TV até chegar ao universo pop/multimídia da música sertaneja atual. É nesse contexto que discutimos a rivalidade que há entre o sertanejo pop e o caipira raiz. Mas será que ela existe mesmo? E assim, a tradicional viola caipira das rotas de tropeiros sai do interior do Brasil, se transforma, dialoga com o contemporâneo e vai conquistar o mundo.

Serviço – Bem Sertanejo – O Musical

Quando: 05, 06 e 07 de maio de 2017 (sexta, sábado e domingo)

Local: Teatro Guaíra – Grande Auditório (Rua XV de Novembro, 971)

Horário: Abertura dos portões: 20h | Início do espetáculo: 21h

Ingressos: De R$25 (meia-entrada) até R$200 (inteira), de acordo com o setor escolhido.

 A meia-entrada é válida para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue e portadores de necessidades especiais (PNE).

Não está acrescentado o valor de R$6 referente à taxa de administração do Disk Ingressos.

*Valores sujeitos a alterações sem aviso prévio.

**Entrega em domicílio com taxa de entrega.

Os ingressos podem ser adquiridos através do Disk Ingressos (Loja Palladium – de segunda a sexta, das 11h às 23h, aos sábados, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h, –  e quiosques instalados nos shoppings Mueller e Estação – de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h), Call-center Disk Ingressos (41) 33150808 (de segunda a sexta, das 9h às 22h, e aos domingos, das 9h às 18h), e pelo portal www.diskingressos.com.br.

Forma de pagamento: Dinheiro | Cartão de Débito | Cartão de Crédito (à vista ou até 3x com acréscimo)

Classificação: Livre

Informações: (41) 3315-0808

Foto Bruno Fioravanti

Escrito por

Curitiba do nosso jeito!