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Como uma franquia pode se tornar uma marca própria?

por | nov 30, 2022 | Estilo

O desejo de ser dono do seu próprio negócio é um sonho de muitas pessoas. Após o período difícil por conta da COVID-19, onde muitos empresários tiveram que fechar as portas, a retomada do empreendedorismo vem com muita força, é o que aponta a Associação Brasileira de Franchising (ABF). O estudo mostra que setores como serviços em geral, lazer e turismo, saúde e beleza estão entre os segmentos que devem movimentar o mercado de franquias no Brasil. Essa pesquisa é importante porque ajuda empreendedores a escolherem qual área querem seguir.

O que muita gente não pensa, é que investir numa franquia, pode ser a porta de entrada para criar uma marca própria futuramente. Foi o que aconteceu com os empresários Driano e Birgit Keller Marsili, proprietários da Lavoutique Lavanderia & Costura, em Curitiba. Antes de ter sua própria marca, eles passaram por todo esse processo de escolher qual segmento queriam seguir e nem imaginavam que teriam sua própria marca. Depois de muitas pesquisas de mercado, em 2013, decidiram investir numa franquia de lavanderias.

“Procuramos vários segmentos diferentes, começamos inclusive pelo segmento de comida, mas a gente precisa se identificar com o negócio que tem. Um dia me passou uma conversa que eu tive há tempos com a minha irmã sobre empreendedorismo e a gente falava de lavanderias. Começamos a estudar esse segmento e entender que, de repente, poderia ser uma lavanderia”, lembra a empresária.

Após decidirem pelo segmento de lavanderias,  pesquisaram por várias franquias nacionais. Isso porque, um ponto muito importante antes dessa decisão, é conhecer o território onde o dinheiro será investido. Afinal de contas, o futuro do negócio depende dessas informações. “Fomos conhecer inclusive, escritórios e como era a proposta de outras franquias, mas quando batemos numa franquia nacional e entendemos a história de como ela nasceu, quem eram as pessoas que estavam por trás dela e qual era o objetivo que ela tinha, não tivemos dúvida”, diz

Birgit segue dando dicas de como escolher uma boa concessão. Segundo ela, entender como é o mercado da franquia, quem é o público alvo, qual o suporte que o franqueado vai ter da matriz, como funciona a franquia dentro da sua cidade, dentro da sua região e qual é o objetivo da franquia? quem é o público que vai consumir o produto? São perguntas  que devem ser respondidas. Conhecer quem são esses franqueados e como eles veem a evolução do negócio, são pontos decisivos.

“Quando você compra um negócio, você aprende e vai usufruir de todo o know-how da franqueadora, você precisa conhecer a fundo toda estrutura e suporte que vai ter durante o processo.Uma coisa bem importante é olhar quantas franquias/lojas já existem na sua cidade. Isso foi o grande diferencial que nos levou a optar pela marca. Eles não queriam vender lojas e sim vender lojas para franqueados que pudessem crescer dentro da franquia. A dica é realmente ver qual é essa estrutura que você vai ter quando compra uma franquia, mas é muito legal porque você aprende um negócio do zero que alguém já testou. Priorizamos a franqueadora que oferece cursos e treinamentos para os concessionários”, sugere.

Mudança de bandeira 

A intenção de mudar a bandeira não era uma vontade, porém, após cinco anos como franqueados, arriscaram mais uma vez, mesmo com uma certa resistência de profissionais de marketing, que foram consultados.  Com todo o conhecimento adquirido e o investimento feito com máquinas e tecnologias de ponta, não foi difícil assumir a própria identidade, para eles foi uma grande sacada.

“Não tinha passado pela cabeça em mudar a franquia para marca própria, Eu vinha da área acadêmica e o Driano da área de esporte, buscamos uma franquia para aprender tudo o que precisava fazer. Em 2017, a própria dona da franquia, sentou conosco e falou que estava saindo do mercado de franchising. A gente entendeu que estávamos maduros para mudar. Estamos com a marca própria desde 2018 e pouquíssimas pessoas perceberam essa mudança de marca, não tivemos nenhum impacto negativo por conta da mudança da marca”, conta Birgit.

Investimento

O retorno do investimento é algo bastante relativo e depende de fatores como objetivos futuros, disponibilidade e orçamento financeiro. Nesse caso, por exemplo, o retorno demorou mais a acontecer porque os empresários abriram duas lojas em menos de oito meses. Por isso é difícil dizer exatamente o quanto tempo demorou e quanto foi esse retorno. O que é possível afirmar é que a economia realizada com a mudança de marca chega a ser de 20%.

“O retorno demorou bastante porque abrimos três lojas em um ano. Olhando para isso é quase um retorno de cinco a cinco anos e meio,  porque o dinheiro estava sempre sendo reinvestido. Além disso, buscamos novas tecnologias para modernizar o atendimento. Neste período, nosso bem maior adquirido foi a experiência, e as várias melhorias que fizemos, pensando no meio ambiente, com redução de custos como insumos de papelão, por exemplo, que vinham de outro estado, porque era uma empresa homologada pela franqueadora, sendo que nós temos fábricas dentro da nossa cidade. Isso foi bastante decisivo para o crescimento da marca, conclui a empresária.

Sobre a Lavoutique

Os empresários Birgit e Driano Marsili entraram no ramo de lavanderias em 2013 com vontade de fazer melhor e diferente. Preocupados com a sustentabilidade e excelência, estudaram, viajaram, formaram parcerias e importaram para Curitiba o que há de melhor no segmento de lavanderias a nível mundial. Equipamentos suecos e italianos, insumos alemães e a calorosa energia brasileira, são a fórmula especial da Lavoutique. Com ética, responsabilidade e máxima qualidade, oferecem serviços de costura, lavagem a seco, água e wet cleaning para tratar as roupas, artigos de cama, mesa e banho e tudo o que “veste” a casa. A Lavoutique, mais do que uma lavanderia de excelência, é a primeira do Brasil a assinar o pacto global da ONU, alinhando toda sua operação aos 17 princípios universais de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. A assinatura representa o comprometimento ético com o desenvolvimento da nossa sociedade e o alcance da agenda global de sustentabilidade.

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