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Cusco, Machu Picchu e Vale Sagrado – tudo sobre a nossa viagem pelo Peru

por | jun 3, 2018 | Destaques, Escapadas

No início de maio, eu e minha mãe passeamos durante sete dias por Cusco, Machu Picchu e região, no Peru. Fizemos um relato a quatro mãos desse tour encantador, que já entrou para a minha lista de viagens preferidas. Se você quiser fazer aquele passeio inesquecível, para a vida, sem pesar muito no bolso, já sabe qual lugar escolher!

Dia 1, 2 e 3 – Cusco, Vale Sagrado e Machu Picchu

Chegamos em Cusco na tarde de sábado e reservamos o dia para caminhar e acostumar com a altitude. São 3400 metros acima do mar, entre as montanhas da cordilheira dos Andes. Amamos tudo logo de cara. Cusco é uma cidade única e que nos faz figurantes de uma história secular. A cada quadra que andávamos, íamos nos dando conta do privilégio que era estar em uma cidade com mais de 300 mil habitantes e que até hoje mantém a cultura inca – logo, de todos nós sul-americanos – tão viva e presente. Cusco foi a capital e sede de governo do reino dos incas e a cidade mais importante na região dos Andes até aproximadamente 1500, período em que foi devastada pelos espanhóis, que construíram uma outra cidade por cima do que restou de Cusco. É possível ver pedras originais na base das construções mais recentes.

Vista do mirante do bairro San Blas, um dos mais tradicionais, culturais e turísticos da cidade.

Cus​co é uma cidade muito especial. Até hoje, a população local fala a língua quechua. Pelo centro histórico, becos e vielas sem fim. Em alguns momentos, por conta da altitude, falta fôlego e o coração dispara. Mas também por vivenciarmos cenários onde de lendas e histórias incas, que lembram os filmes do Rei Artur e Brumas de Avallon. Os cusquenhos são tão gentis, atenciosos e amáveis que não tem como não se apaixonar. Encontrar mulheres e crianças trajadas como há 500 anos é normal. Sacolinhas de folha de coca a tiracolo, como se fosse o melhor alimento do dia. Beb​ês alpacas nos braços, sempre enfeitados como cachorrinhos de estimação. Fofura a perder de vista. E de repente, lá estávamos nós com nossas folhas de coca na mochila, para driblar o “mal de altitude”.

Praça das Armas, o “coração” de Cusco. Ao redor dela ficam vários bares, restaurantes e lojas.

Cusco é uma cidade super agitada e é muito comum o turista encontrar uma festa, geralmente religiosa. Nos dia que chegamos havia um show com músicas típicas na praça.

A Pedra dos 12 ângulos é um dos pontos turísticos em Cusco. Até hoje não se sabe exatamente como os incas cortaram essa enorme pedra em 12 ângulos perfeitos que se encaixam em outras pedras, sem argamassa e sem ferramentas modernas.

No domingo de manhã, o guia Alex, cujo nome inca é Choqque, nos buscou no hotel. Partimos para a região do Vale Sagrado, que não tem esse nome à toa. É uma região fértil, cortada pelo rio Urubamba, com plantações de diferentes tipos de milhos, batatas, quinoas, onde se desenvolveram povoados incas. Hoje possui diversos sítios arqueológicos e algumas cidades. É uma região linda, com picos nevados, agricultura familiar, montanhas, vales. A cada olhar, uma página da história que se abre. Visitamos Pisac e Ollantaytambo. É possível visitar outros sítios no mesmo tour, mas preferimos fazer tudo com calma. A estrada do Vale Sagrad​o por si só já é um passeio inesquecível.  

Um dos trechos do Vale Sagrado.

Sítio arqueológico de Pisac. Nesses terraços, os incas faziam experimentos agrícolas. Cada terraço possui um microclima. Nas partes mais baixas, plantavam milho. Nas mais altas, batatas.

No mesmo sítio arqueológico, visitamos antigas construções dos incas que viviam na região. Com casas, templos, aquedutos e até cemitério.

Alex Choqque, nosso querido guia turístico. Ele é inca e nos mostrou como ninguém a história do seu povo e as belezas do Vale Sagrado.

Feira de artesanato de Pisac. Bom para comprar souvenir e acessórios em prata. Chegamos antes das 11 h, quando o movimento ainda está baixo.

Assistir à missa de domingo em Pisac é uma experiência incrível. Os rituais são católicos, mas as canções são na língua quechua.

Os incas que moram nas montanhas descem para fazer compras e participar da missa.

Mais um pouquinho de Vale Sagrado. A cada quilômetro, uma paisagem magnífica. Montanhas, vales, vilarejos…

 

À tarde chegamos em Ollantaytambo. Depois de visitar o sítio arqueológico, pegamos um trem e partimos para Águas Calientes, o povoado mais próximo de Machu Picchu. O passeio de trem é um espetáculo a parte, aproximadamente uma hora e meia de paisagens de tirar o fôlego, às margens do Rio Urubamba.

 

O trem é o meio mais fácil de se chegar a Águas Calientes/Machu Picchu. Leva cerca de 1 hora e 40 minutos. As outras opções são as trilhas a pé, que levam dias, mas todo mundo diz que vale muito pena, ou ir de carro, que leva em torno de 6 horas.

 

O trem é bastante confortável, com serviço de bordo e parte do teto panorâmico.

Vista da janela do trem. Lá embaixo, o Rio Urubamba.

Um pedacinho de Águas Calientes. É uma pequena vila, que vive do turismo de Machu Picchu.

As águas termais de Águas Calientes. É simples, mas vale como experiência turística e também para relaxar depois de um dia todo de passeio pelo Vale Sagrado.

Chegamos no fim da tarde em Águas Calientes, caminhamos pela cidade, conhecemos as águas termais, jantamos e dormimos cedo. Na terça-feira, às 5h da manhã, a guia Cindy nos buscou no hotel, pegamos um micro-ônibus (é o transporte padrão para todos os turistas) e em meia hora estávamos no ponto mais esperado da nossa viagem: Machu Picchu. Quando chegamos lá, aquela sensação de “é mais lindo ainda ao vivo”. Que lugar mágico!

A realização de um sonho, de mão e filha!

Durante duas horas, ela nos mostrou todos os detalhes da Cidade Perdida. Explicou que funcionava como um centro de estudos dos incas, onde os sábios moravam e estudavam astronomia, agricultura, engenharia e outras ciências. Machu Picchu foi construída há aproximadamente 700 anos – e descobert​a  em 1911 – no topo das montanhas para estar mais próxima do céu. Ciência e religião andavam lado a lado. Depois do tour guiado, ficamos livres por uma hora para fotografar e curtir aquele momento inesquecível. Se Machu Picchu está na sua lista de viagens dos sonhos, não demore para realizar esse sonho! Fica tão pertinho do Brasil. É demais!

Já no início do passeio Cindy disse: “parte da riqueza de Machu Picchu não pode ser vista, está abaixo de nossos pés”. O respeito pela natureza era enorme. Nada era desperdiçado. O interior dos terraços agrícolas era construído com as sobras das pedras das construções.

A “cidade perdida” era dividida em setores agrícola e urbano. Passamos por salas de estudo, dormitórios, armazéns, templos, espaços para festas…

Aquelas paredes pontudas à esquerda originalmente possuíam um telhado de palha.

Em Machu Picchu, tudo tem uma explicação. As paredes são levemente inclinadas, para dar equilíbrio à construção em casos de terremotos.

 

 

No início da tarde pegamos o trem de volta a Ollantaytambo. Chegando lá, um ônibus já nos esperava para levar de volta Cusco onde dormimos.

No quarto dia, conhecemos a Montanha Colorida, veja aqui.

No quinto dia, conhecemos o Lago Humantay, veja aqui.

Sobre a agência

Tirando a magia natural do lugar, tivemos a felicidade de ter encontrado uma agência de turismo ética, eficaz​ e com profissionais apaixonados pela cultura inca. Fechamos um pacote com guias e carros particulares, que falam português, e todos os passeios incluídos. Foi a que apresentou o melhor preço. A logística dos passeios é um pouco confusa de entender – com troca de guia, bilhete turístico, ticket de trem, vans, almoço e café da manhã em vilarejos – mas a Jamuy Travel tornou tudo muito simples e fácil. A Maria Luisa foi a nossa assistente. Ela nos buscou no aeroporto e ficou disponível a todo momento no whatsapp para qualquer dúvida ou pedido especial, com uma simpatia nata. O José Miguel, diretor da Jamuy, é muito profissional e educado. Deixarei aqui o contato dele: +51 952 342 897 (whats),  cotizaciones@perujamuytravel.com, Trip Advisor Facebook .

 

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